quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

new years eve.

daí hoje eu sonhei que a lua estava cheia e de repente explodia.




era até bonito, lembrava fogos de artifício e a virada de ano novo, mas era como se cada pedacinho da lua caísse sobre a terra como pequenas estrelas cadentes invadindo atmosfera, que se explodiam como cometas causando estragos e destruição.

eu tentei correr e me proteger, mas saí ferido, e a terra era de uma noite escura e os limites se quebravam dando espaço para um negro infinito.


daí eu acordei nesse ano novo de lua cheia, e olhei o horóscopo; sentimentos, lua cheia, crises, ânimos exaltados, uma profundidade densa... e a explosão.


o fim.

domingo, 15 de novembro de 2009

Mistério sempre há de surgir por aí

A vida tem dessas coisas de nos passar a perna e levar na queda todos os nossos sonhos e esperanças. É que tem sonhos e esperanças que já não cabem mais na caminhada, eles já não fazem juz ao presente, e temos a responsalibidade de nos reedificar. Se olhar no espelho mesmo, desvendar um olhar, fazer terapia, se perder, chorar, até arrancar a casquinha da ferida de vez em quando.

Não tem problema não, o futuro nunca deixa de vir. Nem a dor, nem a cura.



A vida é mesmo uma coleção de belas cicatrizes.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Pelo fim do pretérito

Maldita seja a alma torturada que inventou o tempo do pretérito; o pretérito do imperfeito, o mais-que-perfeito e pior ainda, o futuro do pretérito. Aquele que jamais vai acontecer. Esses modos todos não deveriam existir, pois tudo, absolutamente tudo é levado pelo tempo, e só nele existem. Eu proclamo e decreto morte ao que, pra começar nunca aconteceu.

Foda-se o se e o modo subjuntivo.


Você me amava, me amara um dia, poderíamos tentar ser felizes juntos se você ainda me amasse.



There's no such thing as going back in time.
"Shit."

sábado, 22 de agosto de 2009

Are you sleeping?
Still dreaming?
Still drifting off alone...
I'm not leaving with this feeling
So you'd better best be told
And how in the world did you come
To be such a lazy love?

It's so simple, and fitting
The path that you are on
We're not talking, there's no secrets
There's just a note that you have gone
And all that you've ever owned
Is packed in the hall to go

And how am I supposed to live without you?
A wrong word said in anger and you were gone
I'm not listening for signals It's all dust now on the shelf
Are you still working? Still counting?
Still buried in yourself?
And how in the world did we come
To have such an absent love?

And how am I supposed to live without you?
A wrong word said in anger and you were gone
And how am I supposed to live without anyone?

And how in the world did you come
To be such a lazy love?
And where did you go?

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Ensaio sobre o sentimento indizível

Início aqui a tentativa frustrada não de explicar, mas de construir um anti-discurso sobre o amor, em palavras livres dos domínios sólidos dos significados, pois sentir é quase sempre impassível de sentido. Já dizia Barthes, amar o outro é percebê-lo como um todo, ora, aceitar o outro inteiramente é admitir que este é completo.

Ao mesmo tempo em que somos generosos ao amar o outro inteiramente, e ao fazê-lo transcendemos-nos a nós mesmos e diluímos-nos (como as pequenas moléculas que tudo compõem) para atingir uma universalidade e tornarmos-nos inteiros, somos contraditoriamente egoístas ao negar ao outro que algo lhe falta. Ao amar inteiramente, negamos a este sua individualidade, o amor beira a união dos opostos; a plenitude é invariavelmente excludente, fragmentável.

Em respeito ao sentimento indizível (que chamamos de amor) eu deveria calar, mas essa tentativa de falar é ainda uma equivoca, mas honesta maneira de atingir o silêncio esclarecedor. “O próprio do desejo só pode produzir um impróprio do enunciado.”[1]

(Não) É inútil falar de amor.


Trechos de um devaneio incompleto.

[1] BARTHES, Roland. fragmentos de um discurso amoroso. Página 12.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

the heart of other people

we could talk about isolation, we could talk about buiding bridges, we could use words to describe feelings or we could not talk at all.

"I believe that truth has only one face: that of a violent contradiction."

(Bataille)



therefore i shut up.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

we are not alone.

Palavras podem ser ordinárias, mas o sentimento é nobre. Por isso geralmente rectifico o silêncio, mas proferir se faz necessário. Somos também unidos pelos clichês. Atribuir sentido, assimilar sensações, dividir... dividir não, compartilhar. Criar pontes. Escrever, falar, significa não desistir jamais, apesar da impossibilidade. Somos também unidos pela impossibilidade.


o escuro apaga
nossos contornos
o preto nos une
em um padrão
de vazio e de
infinito

o nada
nos preenche
o silêncio nos é
comum
e para unir-me a ti
agora me calo

quarta-feira, 17 de junho de 2009

The shadow of our past projects on clouds of dust and gas
The ones where my eyes will rest a silhouette of lonelinessI
f you see these tears fill in my eyes
It's just the wind that makes me cry
If you could feel this pain inside
It's from the drinks we drank last night

terça-feira, 19 de maio de 2009

When I was a kid and I was afraid of something, like going out in the dark, iI used to tell myself being afraid was pointless and that I should fight my fears, so I'd walk in the dark for hours. At first it was all very scary and all, I urged to run back to the light of the house, to my confort zone, but after a few minutes being there it got easier.

After a time facing the dark, things get lighter, and I started to see things clear, things I couldn't see before, when I was afraid. So when I came back to the light it was not so scary anymore, as a matter of fact, it wasn't scary att all, and I felt amazing, I felt brave.


I grew up feeling fearless and courageous, until I realized I was afraid of so many things I wasn't aware of, that I didn't even know I could be afraid of.



maybe its time to lissen to that clever young child I know.

terça-feira, 14 de abril de 2009

I love you but...


I love you, but you don't laugh at my jokes.
I love you, but you're so uptight.
I love you, but you don't take me out to dance.
I love you, but I miss the butterflies in my stomach.
I love you, but you take political correctness to far.


http://www.loveyoubut.com/

because no one has the obligation to please anyone completely.



(i'd like to finish the sentence with... but i love you after all.)

quinta-feira, 12 de março de 2009

Hoje tive um sonho que me deixou muito angustiado. Eu estava no topo de um prédio muito alto de formato circular, onde tinha uma espécie de brinquedo de parque de diversões em que era preciso subir em uma escada de plástico muito frágil e sem corrimão para entrar. Minha primeira reação foi a de temer a altura, de cair, senti uma vertigem estranha e deitei no topo do prédio, meu coração batia forte. Quando estava deitado eu tentava me convencer que não é legal ceder ao medo e resolvi, tremulo, subir a escada estreita, que não parecia suportar meu peso. Subi em cima da escada exatamente no momento em que ela estava sendo recolhida e eu estava caindo e acordei.




É engraçado que não costumo sentir medo de altura, não mais, e tenho pouco medo das coisas óbvias que assustam todo mundo, mas a verdade é que eu confirmei um medo muito mais perigoso, o medo de falhar, o medo que vem da insegurança, de se sentir uma merda, medo de sair do apartamento, da minha zona de conforto, lugar que se tornou uma espécie de refúgio, para correr atrás das coisas, sem temer o fracasso, o que vejo no espelho, e percebi que esse medo se opõe a outro tipo de medo, igualmente angustiante, o medo de ter medo, de sucumbir e me tornar escravo do medo, de deixar ele me dominar, de ficar em casa, me auto-oprimindo. Esses dois tipos de medo são contraditórios, me confundem, alimentam um ao outro e convergem para o mesmo lugar, um labirinto em que eu não posso mais ficar.

Eu estou sendo confrontado. Confrontado por mim mesmo. Eu tenho a resposta para todas as minhas dúvidas, não tive que ser um gênio para chegar a essa conclusão, eu sei como buscar a solução para o meu problema. Hoje o quiroga me falou;


"A falta de autonomia e a dependência que sua alma sente em relação a outras pessoas será superada quando você faça valer seus próprios desejos e se atreva despudoradamente a experimentá-los na prática cotidiana."




fazer valer; ter coragem, determinação, fé;
dar, acreditar, ver;
empenhar, dar a palavra;
fazer, outorgar certeza;
confiar.

reconfortante e angustiante.

O que falta a você não será preenchido por um trabalho, por dinheiro ou por um belo par de olhos apaixonados. O que falta a você será preenchido com coragem suficiente para fazer valer seus próprios desejos e aspirações.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Quando a obviedade do que precisa ser mudado deixa de bater na porta, e entra pelas beiradas, pela presta da janela, assoviando aquele barulho de vento correndo pelos aposentos vazios, contornando os espaços dos corredores até a porta se abrir num estrondo, de que forma que é impossível não respirar aquela ventania rápida e feroz que invade a sala trazendo a luz de fora, o que precisa ser mudado precisa ser levado com o vento.

É claro que é difícil encarar sem lágrimas nos olhos a ventania, é claro que os olhos levam um certo tempo para se acostumarem com a claridade que invade, mas a porta já não pode ser mais fechada.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Sometimes I envy the people who were forced into it, because they were in the confortable position of being victms. Me? I really keep thinking that I had a choice, that it was up to me somehow... but really, it wasn't. I was coerced. He didn't rape me off only literally, he raped my trust, my inocence, my desires, he made me find pleasure in being abused, he made me part of his game. In his hands I was a fool. He didn't run after me, he made me come to him. I feel stupid and used. I'd rather had been forced. This part of me, my stolen decency, my dignity, my integrity... of it all, is what I miss the most.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

I don't know what to say. I feel like there's no words that might describe how it was and what if meant ot me, and most importantly, how I felt. I can't describe how I felt and it hurts that no one will ever know, ever undestand.

I talk a lot but I can't avoid feeling speecheless, I feel like I don't know how to communicate. Sometimes I feel like I'm not from here, then I get silent, and silence speaks out loud so I talk again.

I pretended it didn't happen. That's how I used to deal with it. But I knew, I always knew. I was never good at fooling myself as I was with others. That made me quite a good lier. I'm very honest though. My lies never reached me, I was honest to myself about my confusion, about how messed up I was somewhere hidden inside of me. I knew I didn't know shit. I still don't know, but I guess a lot.

Sometimes the silence ir really silent and I'm not sure whether I like it. I feel like taking a deep breath, or I feel like drowning. So I might scream or just shut up, I can't define what I am. I'm not that simple.

But who, deep inside their thoughts and feelings, is simple? Aren't we all speacial, different, complicated, unique beneath our covers? Or are we just ordinary, boring, mundane people, dying to be alive?

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

all the frogs we have to swallow

"Sometimes people need to be forgiven. And sometimes they need to go to jail. And that is a very tricky thing on my part... making that call."



Falando em perdão, mágoas e pecados é difícil definir qual atitude tomar, quando definir, saber, certo, errado todas essas palavras esnobes, deterministas e cheias de verdade já deram, sério. A verdade, outra palavra cheia de verdade, é que ninguem sabe de nada, eu acho. Escrever se torna cada vez mais difícil na medida que eu quero negar desesperadamente tudo que escrevi, não para dizer o contrário, mas para não dizer nada at all. I don't know shit. E no entanto acredito e defendo tantas coisas... eu não sei, e tenho orgulho de não saber, acho. Cada caso é um caso, and i think of the scream, and all the frogs we have to swallow.

most of the times we don't quite know what to do, so what we do get to do, is what should have been done.

As coisas são o que são, e isso não pode ser mudado. Até as atitudes mais premeditadas e artificiais são as mais naturais a serem tomadas, pois foram motivadas pelo sentimento que as causou.

eu acho.



Nothing is out of place, but everything is moving.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

só vou gostar de quem gosta de mim...

Ultimamente as coisas tem me enchido o saco.

Sério, eu não tenho a menor paciência para fazer média, para agradar e gostar de quem não gosta de mim. De um tempo para cá eu iniciei uma filosofia, se assim posso chamar, que tem me feito muitíssimo bem; I don't care.

Para os pseudo-intelectuais de nariz empinado que se acham tão melhores que todo mundo, para os amigos que sumiram no mundo e deram a egípcia sem nenhuma explicação, eu libriano no signo e ascendente, que passei minha vida tentando agradar os outros, tipo um poodle pedindo aprovação, simplesmente não ligo.

É muito fácil pra mim gostar de alguem, eu me doou de corpo e alma as minhas relações, eu conheço uma pessoa totalmente inclinado a gostar dela, de peito aberto, não quer ser meu amigo? Tchau. Tá fazendo carinha de sou mais inteligente que você? Um bocejo.

Não é tratando mal, ignorando ou mostrando indignação que eu ligo o foda-se. I simply don't care, eu não procuro, não corro atrás, eu não entendo, eu continuo sorrindo... não perco meu tempo devolvendo o sentimento. Não me afeta mais, pelo menos não como antes. Perca seu tempo odiando, falando mal, competindo, siga seu rumo, faça novos amigos.

I'm through with ego competitions. Como diz Caetano;

"Não quero com isso dizer que o amor
Não é bom sentimento
A vida é tão bela quando a gente ama
Por isso é que eu vou mudar
Não quero ficar
Chorando até o fim
E pra não chorar
Eu só vou gostar de quem gosta de mim"

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

you're an expert in making me feel worthless.