segunda-feira, 2 de março de 2009

Quando a obviedade do que precisa ser mudado deixa de bater na porta, e entra pelas beiradas, pela presta da janela, assoviando aquele barulho de vento correndo pelos aposentos vazios, contornando os espaços dos corredores até a porta se abrir num estrondo, de que forma que é impossível não respirar aquela ventania rápida e feroz que invade a sala trazendo a luz de fora, o que precisa ser mudado precisa ser levado com o vento.

É claro que é difícil encarar sem lágrimas nos olhos a ventania, é claro que os olhos levam um certo tempo para se acostumarem com a claridade que invade, mas a porta já não pode ser mais fechada.

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