foi tão bom caminhar só pela avenida atlântica, pensando que minha vida se esvaia dentro da difusão das brumas místicas de copacabana. A maresia subia de forma quase que divina, para ativar a sinestesia e modificar as formas e cores das coisas. Eu gosto da noite, gosto de olhar as luzes dos semáforos, dos carros ligando suas setas, e a iluminação sépia dos postes que se concentram como uma aura perto de suas lampadas e vão se diluindo, diminuido de intensidade até se fundirem com o esboço das estrelas, que somem na rubridez da cidade. As pessoas caminham e as sombras que fazem umas nas outras, ao cruzarem postes, compoem um pisca pisca humano quase que imperceptível. Talvez a vida seja assim, compostas por vagalumes ambulantes, sempre oscilando altos e baixos, na dúvida se possuem mesmo uma luz própria.
partilhando dessa dúvida, imagino porque não brilhamos para sempre até nos dissolvermos em um turbilhão de luz, uma explosão de supernova, porque não somos divididos em mil pedaços no céu na condição de apenas
desvanecer.
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