Hoje fui ai cinema e saí com a sensação de que o filme acabou cedo. Fui rezando pro filme ser bom, o suficiente para me levar as lágrimas, me fazer chegar a uma espécie de catarse que me fizesse canalizar um monte de sentimentos indefinidos que mais me parecem irracionais, mas o coração tem razões que a própria razão desconhece, já dizia Medéia, personagem com a qual tanto simpatizo. Na minha vida vi e vivi minha mãe ser mais uma Joana do dia-a-dia, mas um pouco pior que a original, ela foi Joana daquelas, que chega ao extremo de colocar o veneno mortal na boca e vomitar logo em seguida, porque no fim do dia, ela ainda tinha dois filhos pra criar, contas a pagar, dessa vez sozinha, e uma vida pra levar. E foi assim, puxando a minha mãe, que repeti o fado de ser Joana pela metade, aquela que morre sem morrer e continua de pé, porque nada dói mais que superar. Superar requer deixar pra trás amores de amora, os mais doces sonhos e planos, emfim... se deixar pra trás. Como dizia Vinícius, o amor é a coisa mais triste quando se desfaz. Ai a gente vai levando a vida em nostalgia, em lembranças guardadas na memória, e para tudo parecer mais poético, ouvindo bossa nova.
Mas como na vida real, não tem Dr. Howard Mierzwaik, nem magia, nem carro de fogo pra apelar, dessa vez, só pra variar, eu espero que o final seja diferente, mesmo que venha a tocar o "B sides" do Damien Rice de vez em quando, espero acabar o dia ouvindo lobo bobo, canta, pede, promete tudo, até amor, e diz que fraco de lobo, é ver um chapeuzinho de maiô...
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3 comentários:
Erick, gostei muito do blog, a maneira que vc escreve, gostei dos contos, continue escrevendo que pelo menos eu vou continuar vindo aqui ler! =)
Bjos!
aaaah, agora que eu vi que vc já comentou no meu blog ;)
a Giulia também te ama, loirinho (L)
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